segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Razões para Ser Vegetariano/a



Porque sabes que não é justo...

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domingo, 12 de dezembro de 2010

E ainda acreditas no Pai Natal?




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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Earthlings (ou o Especiecismo)


Ontem, dia 7 de Dezembro, no âmbito do Ciclo de Documentários ParaDocma, organizado pelo Núcleo de Estudantes da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, NEPCE/UC, foi exibido o documentário - por muitos evitado, e contra mim falo, - EARTHLINGS.

Não vos vou falar detalhadamente do filme mas sim das consequências a curtíssimo prazo que teve e das mudanças a médio-longo prazo que poderá provocar a cada espectador daquela sala.

No documentário está mais do que explicita a total dependência da humanidade em relação aos animais, tocando em temas como a alimentação, vestuário, ciência, desporto, entretenimento, criação de animais domésticos, tradições etc.
A Humanidade por ter sido dotada de raciocínio, acha-se superior. O raciocínio dá-lhe o direito de explorar a sua e outras espécies (?). No entanto, para a esmagadora maioria dos animais-humanos, o raciocínio não parece ser suficiente viver para uma vida de respeito, compaixão e comunhão com o planeta e todos os seus habitantes - seres vivos e seres sencientes (palavra esta tão distante do nosso vocabulário que nem o corrector ortográfico assume).

Não os/as culpo nem os/as critico. Fomos ensinados assim, faz parte da nossa cultura, faz parte da nossa sociedade viver às escuras no sentido em que nos limitados a automatizar os nossos actos e criar hábitos sem questiona-los.

Ontem, as imagens, não isoladas, duras, frias, chocantes e verdadeiras, retratarem bem aquilo que nós, animais-humanos, representamos para os animais-não humanos: Sofrimento, sempre sofrimento.
Para muitos, desde o dia em que nascem até ao dia em que são brutalmente mortos para de algum modo nos servirem.
A violência física e psicológica, a crueldade, a humilhação, a fome, o frio, a tristeza, o medo, as matanças a sangue frio, os crimes e mais crimes e sempre a exploração, fazem parte do dia-a-dia de milhões de animais e nosso porque somos nós que provocamos directa ou indirectamente.

No final da sessão para além do silêncio, o choque, olhares cabisbaixos, algumas lágrimas, sofrimento e remorsos estavam bem patentes na caras de quem lá estava. A tomada de consciência da condição do animal e até da nossa, animais-humanos, tocou a todos/as.
Depois da sessão, quem já sabia um bocadinho ficou a saber mais, quem sabia muito pouco ficou a saber muito, quem até então se tinha recusado a saber agora não tem como apagar o que sabe.
Tornamo-nos todos/as um bocadinho menos ignorantes e deixar de ser ignorante é deixar de ser feliz, é ganhar tormentos, dúvidas, agonias, desesperos mas é também ganhar (e juntar) forças para mudar. E a mudança começa em cada um de nós, com um filme, com menos uma refeição de animais por semana, com a escolha de um produto não testado em animais - boicote a biotérios, com chamadas de atenção para maus tratos, com o cuidado de alimentar um animal faminto na rua em vez de passar por ele com indiferença, com o não financiamento de industrias que vivam da exploração dos animais, humanos e não humanos, etc.
Mas acima de tudo com compaixão e respeito pelo mundo em que vivemos.

Hoje, já sabemos como chega a manteiga que pomos na torrada à nossa mesa, já sabemos que métodos são usados para por a nossa pasta de dentes no mercado, já sabemos de onde e como vem a pele e couro que vestimos, já sabemos como são "preparados" os touros para uma tourada, como são "encenados" os animais de circo, que destino têm os animais de rua, de onde vêm as penas do endredão onde nos deitamos, a lã da camisola que vestimos, os ovos de aviário...
Nós hoje sabemos que somos/fomos cúmplices de todas as atrocidades cometidas contra outra espécie desde o dia em que nascemos, até agora involuntariamente.
Mas nós hoje já não temos desculpa.
Então e agora, vamos continuar a ser cúmplices?


Cassilda Pascoal


Ver filme: aqui



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