sábado, 24 de dezembro de 2011

domingo, 20 de novembro de 2011

Novo Blogue para Defesa das Aves




Foi criado um novo blogue sobre aves dos Açores que pode ser consultado aqui:
http://avifaunadosacores.blogspot.com/

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Em defesa da avifauna açoriana


Para: Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores; Sua Excelência Presidente do Governo Regional dos Açores; Sua Excelência Presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores; Suas Excelências Presidentes dos Grupos Parlamentares à ALRAA;

Face ao recente propósito do Governo Regional dos Açores de incluir espécies de aves nativas açorianas na Lista das espécies cinegéticas, através do novo decreto regional - Regime Jurídico da Conservação da Natureza e da Protecção da Biodiversidade, actualmente em discussão na Assembleia Regional, os assinantes desta petição querem chamar a atenção para:

1. A falta de estudos científicos sobre a biologia destas espécies e dos seus habitats. Existe um grande desconhecimento sobre a caracterização genética dalgumas destas espécies, levantando grandes problemas na conservação da sua biodiversidade. Para além disso, os habitats que todas estas espécies ocupam são muito restritos e sensíveis, pelo que qualquer alteração neles poderá ter também grandes implicações na sua conservação. Faltam igualmente estudos sobre a importância que a região desempenha nas migrações de determinadas aves.

2. A falta de atribuição dum estatuto de conservação às aves incluídas nesta lista. Nenhuma das espécies incluídas nesta lista de espécies cinegéticas tem atribuída uma categoria de conservação na região biogeográfica dos Açores, não existindo ainda os estudos científicos necessários para tal efeito. No entanto, atendendo aos critérios internacionais utilizados, parece provável que algumas destas espécies venham a ser qualificadas como espécies ameaçadas (e catalogadas portanto como criticamente em perigo, em perigo ou vulneráveis).

3. A falta de estudos sobre o impacto da caça nestas espécies e os seus habitats. O impacto da caça nas espécies incluídas na lista poderá ser especialmente grave devido às suas muito reduzidas populações e ao facto delas ocuparem habitats, nomeadamente os de alimentação, muito escassos e localizados. A actividade da caça deverá ainda afectar a todas as espécies que ocupam esse habitat, incluídas ou não nesta lista das espécies cinegéticas. E no caso das zonas húmidas, a caça poderá levar à contaminação das águas com chumbo e à aparição da doença do saturnismo.

4. A impossibilidade prática de aplicar esta lista devido à enorme dificuldade de identificar correctamente as espécies. Algumas espécies incluídas nesta lista são quase impossíveis de diferenciar de outras espécies não incluídas nela e que também estão presentes regularmente nos Açores. Isto acontece nomeadamente com várias espécies de patos europeus em relação aos seus equivalentes americanos, e mais ainda em relação às narcejas europeias e americanas.

5. O problema da introdução de espécies exóticas. O facto da lista de espécies cinegéticas incluir também duas espécies de aves exóticas coloca em clara perspectiva a introdução destas no meio natural. Introduções deste tipo, já realizadas no passado, parecem ignorar os riscos associados às espécies exóticas num meio tão particularmente frágil como o meio insular açoriano. As espécies e variedades exóticas podem causar, como no caso das codornizes, graves problemas de hibridismo e de diminuição do património genético das espécies nativas, para além de introduzir também agentes patogénicos.

6. A necessária aposta no turismo de observação de aves. O arquipélago dos Açores é uma região privilegiada para a observação de aves migratórias americanas e europeias (mais de 400 espécies observadas nos últimos anos) e tem enormes oportunidades para o desenvolvimento do turismo de observação de aves (birdwatching), já em franca expansão. Este tipo de turismo traz inúmeras vantagens económicas para a Região: é uma actividade repartida por todas as ilhas; acontece principalmente durante os meses de outono e inverno; é um turismo verde e sustentável, quase sem impacto no ambiente; e injecta dinheiro de fora da Região na economia das ilhas. Mas este turismo, como é evidente, é incompatível com a permissão da caça das espécies da avifauna açoriana.

Assim, os assinantes desta petição solicitam:


- A não inclusão das espécies de aves nativas (reprodutoras ou visitantes) na lista de espécies de carácter cinegético dos Açores.
- A não introdução de espécies exóticas, nomeadamente aves, com um propósito cinegético no meio natural dos Açores.
- O desenvolvimento dum turismo verde associado à observação de aves que traga vantagens económicas a todas as ilhas açorianas.

Assine aqui:

http://www.peticaopublica.com/PeticaoListaSignatarios.aspx?pi=AVESACOR

sexta-feira, 20 de maio de 2011

A SATA não respeita os animais


Bom dia,

Gostaria de vos dar a conhecer (se ainda não têm conhecimento) das novas taxas que a companhia aérea SATA pratica no transporte de animais. Relembro que é a única transportadora a fazer as ligações inter-ilhas, na Região Autónoma dos Açores.
Encontro-me actualmente a exercer a minha actividade profissional nos Açores, Ilha das Flores, mas como a minha residência oficial é em São Miguel tenho de me deslocar com alguma regularidade para lá, levando consequentemente o meu animal de estimação. Até há algumas semanas pagava uma taxa de 1,60€ por quilo no transporte do animal. Actualmente tenho de pagar, de acordo com a nova tabela 7 euros por quilo, mais 30€ pela taxa de transporte no porão. Contas feitas por alto, antes das entrada em vigor das novas taxas pagava 20€ e actualmente 121€ (cão e caixa = 13k). Ida e volta 242€, um valor superior à minha passagem de 170€.
Impressiona-me que, para não abandonar o meu animal de estimação e melhor amigo, terei de pagar valores exorbitantes, até porque não tenho alternativa para sair da ilha. No entanto, fico muito mais sensibilizada ao pensar que existem pessoas que não podem pagar tanto para levar um animal, sobretudo se for de grande porte. O que farão aos animais?
Tenhamos como exemplo um animal com 40 quilos: pagaria 310 €. Ida e volta, 620€.
Gostaria que me informassem se há alguma coisa que eu possa fazer, nomeadamente, divulgar esta falta de consciência onde prevalece a falta de moral e ética em função de interesses individualistas e capitalistas. Haverá alguma forma de luta através das associações de animais?
A raça humana persuade-se com a qualidade da sua presença no mundo relativamente à de outros seres. Desiludo-me mais com a nossa espécie do que com a do meu melhor amigo.
Deixo-vos ainda a hiperligação para as tabelas com os preços do transporte de animais pela SATA, que aparecem curiosamente com o mesmo valor do excesso de carga, ao contrário do que acontece com outros equipamentos.

http://www.sata.pt/pt-pt/informacoes-uteis/excesso-de-bagagem
Segundo a mesma tabela, o transporte do meu Schnauzer Miniatura para os Estados Unidos custaria apenas mais 30 euros, uma vez que só teria de pagar uma taxa única de 150 dólares.
Como podem constatar o valor apresentado para o transporte de animais ultrapassa na maior parte dos casos o valor do transporte de equipamento desportivo.

http://www.sata.pt/pt-pt/informacoes-uteis/equipamento-desportivo
Em que sociedade vivemos?

Grata pela atenção dispensada,
Maura Barreto

quinta-feira, 19 de maio de 2011

sábado, 8 de janeiro de 2011

aqui ao lado a civilização está mais perto


Enquanto que pelo nosso arquipélago haja quem considere as touradas uma arte, sem ter noção do que é a arte, considere cultura, sem ter noção do que pode ser cultura, quem considere património cultural, desconhecendo o conceito de património cultural e pior...quem goste e aceite que tais actos sejam praticados nos dias de hoje, os espanhóis já estão alguns séculos à nossa frente.
Mais longe da barbárie e selvajaria e mais perto da civilização.

Depois de quase uma centena de municípios declarados anti-tourada, uma região que proíbe o sofrimento como diversão agora também a TVE, televisão do estado, vai deixar de transmitir touradas, com a plena consciência de que estas não são mais do que um acto de violência gratuita e injustificada contra animais.

(ver noticia aqui)